PENSAMENTOS

sábado, 27 de outubro de 2012

O lixo e o esgoto nosso de cada dia


Olá amigos e leitores! Pra quem curte saúde e meio ambiente esse post é super informativo.

Peguei um grupo de sanitaristas Suecos que estão em um projeto com o núcleo de estudos sanitários e ambientais da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Nosso destino era o aterro sanitário de Seropédica no interior do Rio. Eles queriam conhecer e estudar o modelo do nosso aterro sanitário que é tido como exemplar (http://www.ciclusambiental.com.br).
Sabem porque eles vieram ao Brasil conhecer nosso aterro sanitário?....... Simples!, na Suécia não mais existem aterros sanitários. Para esses pesquisadores Suecos que já nasceram na cultura do 100% reciclado e da energia extraída do lixo, conhecer todas as etapas da formação de um aterro sanitário, só mesmo vindo ao nosso país!.......... Caraca! nosso aterro acabou de ser inaugurado é tido como modelo e já estamos atrasados!..... Socorro!
Confesso que não entendi nada, mas, depois que o papo foi rolando comecei a entender tudo que acontece nos bastidores da indústria do lixo e vou contar para vocês.
A parte engraçada dessa viajem era um dos Suecos que tinha um cacuete nos olhos e um pigarro interminável na sua garganta. Imaginem viajar com um cara o tempo todo piscando os olhos e fazendo Aham! Aham! Aham! eu me segurava para não olhar para ele, era risada na certa.
Ao chegarmos no aterro, fiquei aguardando a visita deles, aproveitei para fazer uma pequena filmagem das carretas que chegam no aterro para jogar todo lixo que produzimos. Vejam:
São quinhentas carretas como essa que chegam diariamente ao aterro de Seropédica.
Conversando com os funcionários, "descobri" que todos esses caminhões não pertencem a Prefeitura do Rio, só uma pequeníssima parte, inclusive os que pegam os nossos lixos residenciais. ( constatei o que todos já deviam saber)  Somente duas empresas monopolizam o transporte de lixo no Rio, todas as outras fazem contrato de terceirização com as duas principais.
Já fizeram as contas da lucratividade que é transportar lixo? Pois é, já teve até prefeito assassinado por isso, lembram?
Voltando a parte ambiental e sanitária da matéria, tomei conhecimento através dos coordenadores do projeto da UERJ, que o maior problema que estamos enfrentando nos esgotos lançados nos rios e mares é a alta concentração de remédios. Isso mesmo, remédios, químicas e hormônios. Tudo que tomamos e não metabolizamos no corpo é excretado em nossa urina e fezes e vão parar nos rios e lagos e absolvidos pelos peixes, e flora.
Tenho uma passageira que trabalha na Petrobrás no setor de química e meio ambiente da empresa. Ela me contou que monitoram os peixes da Baia da Guanabara e já foram encontrados espécies hermafroditas e sem sexo, isso ocorre  devido a concentração de progesterona e testosterona absorvidos pelos peixes. Um dos maiores contribuidores são as pílulas anticoncepcionais. Com o tempo algumas espécies irão desaparecer, por não poderem mais reproduzir, diz minha passageira. Chego a conclusão que tanto hormônio e químicas como, estabilizante, conservante, corante, acidulante, flavorizantes e todos os "ante" da vida que ingerimos diariamente é a porta de entrada do câncer que assola o ser humano, e outras aberrações que estão acontecendo na sociedade. Quero ir pra roça, viver com bichinhos, plantar, comer e ser feliz!

Nossos amigos Suecos contaram que lá, todo lixo é reciclado, a coleta é feita separadamente e toda a população coloca tudo separado, não fazer isso significa uma multa muito pesada. Eles produzem energia com a queima do lixo e suas usinas possuem filtros de ar poderosos para não poluir o ar. Chegam ao ponto de comprar lixo de outros países e o mínimo de resido que fica é tratado para servir de adubo pra terra.
Viram só, igualzinho ao Brasil! Aham! Aham! até a próxima

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Quem sou eu

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- Cientista Político - Graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO - Colaborador do ECOPOL - Núcleo de estudos econômicos e políticas públicas, nas relações entre Capital e Estado (Nelutas - UNIRIO)

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