PENSAMENTOS

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Caminhada noturna

De tanto andar no táxi, de tanto andar de táxi, deixo de perceber minha cidade. De tanto servir aos outros esqueço de servir a mim. Cidade bela, cidade linda! Cidade dos eventos e dos acontecimentos. Caminhar a pé por onde só passo de carro me permite ver as varandas da rua Paissandú, suas palmeiras e orquídeas, ao seu final vejo o Palácio da Guanabara, lugar de governo, lugar de serviço, lugar de negócios, lugar de acordos e corrupção!
É meu rio! Tu és belo aos abastardos, tu és pouco aos solitários, quem caminha percebe as diferenças. Só você meu rio, faz tristeza parecer alegria, depressão parecer amor, doença parecer saúde. Seu encanto fascina, minha alma reluz, minhas lágrimas secam. Agradeço a Deus o dom de poder caminhar e refletir.

sábado, 5 de outubro de 2013

A Dor do Carente.

As vezes me espanto com certas coisas que acontecem na vida, sem explicações, sem lógicas. Parecem sinais do divino, contra o qual não temos poder algum. Algo sobrenatural mesmo. Diante desses fatos não há o que questionar. Diante de acontecimentos na nossa vida, das indagações e buscas por respostas, sem mesmo imaginar elas vem! de onde menos esperamos, na hora que mais precisamos.
Estava fazendo aquela tradicional arrumação de armário pra jogar fora as coisas velhas e ganhar mais espaço, quando me deparei com um recorte velho  já todo amarelado. Comecei a ler pois o título me chamou atenção.

domingo, 8 de setembro de 2013

AMOR PROIBIDO? MAS É AMOR.

                                                   




Era um jovem... fez sinal para eu parar. Quando parei, percebi que trazia consigo um casal de idosos. O velhinho parecia um vovó muito simpático; de boné a moda antiga e um óculos redondinho. A senhora, mais irritada um pouco, vinha com mais dificuldades, de braços dados com o rapaz.


Acomodados no carro, partimos em destino a rodoviária.


O papo se inicia e percebo que a vovozinha era cega, porém, muito comunicativa. O vovozinho, mais discreto, mostrava muito cuidado e carinho com sua companheira e acompanhava nosso papo. 
Ela me relata sua luta contra a cegueira na velhice, após três transplantes de córnia sem sucesso. 
Descobria uma nova técnica que poderia lhe devolver a visão através de uma prótese. Essa técnica chama-se cerato-prótese de Boston, mas poucos médicos dominam essa tecnologia no Brasil.
Ela começa a falar da sua vida, suas dificuldades com a cegueira, sua fé em Deus ( muito católica ) e a grande paciência que seu marido tinha com ela devido ao grande amor que tinham entre si.

Mais relaxado, o senhor entra na conversa. Tomo conhecimento que estava diante de um Doutor! graduado em Bio computação!, com trabalhos publicados e com grande contribuição ao projeto Genoma no Brasil, o cara é um crânio!. Fiquei impressionado com tamanho conhecimento e  autoridade que falava no assunto; aprendi muito com ele.

Foi então que contaram como se conheceram: 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Obra prima da arte

Esses dias peguei no meu táxi um artista plástico muito legal, conheci mais um pouco desse mundo artístico, o qual confesso que não compreendo tanto a atribuição de valores tão altos a certas obras.
Porém, o artista me falou de uma história muito bonita que me dei o trabalho de pesquisar na internet e compartilhar com vocês. Trata-se da história de vida de uma grande artista plástica chamada Marina Abramovic. Segundo ele, ela atingiu o auge da fama quando expôs suas obras em um famoso museu de artes. Ao final da visitação de sua exposição as pessoas podiam ficar sentadas diante da artista plástica  em uma cadeira olhando para ela desde que ficassem alguns segundos em silêncio. Ocorre que o curador da exposição aprontou uma pra ela e convidou uma pessoa para lhe fazer uma grande surpresa, tratava-se nada mais nada menos que o grande amor da vida dela, "Ulay" o qual já não o via a muitos anos! O resultado é o vídeo que irão assistir.



 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Entre a corrida e a jornada

                                       


Oito e cinquenta da noite do dia 11/07/2013, mais um dia de protestos no centro da cidade do Rio. Estava no meu trabalho a procura de mais um passageiro passando pela avenida Presidente Vargas, quando um casal faz sinal. - " Boa noite Sr. quanto dá uma mais ou menos uma corrida até caxias?"
Respondo: - Depende do local de caxias!. 
- " Logo após o batalhão, retruca o jovem.
- Não passa de R$70,00 afirmo.
- " O senhor nos leva?"
- Pois não!, pode entrar.
Sigo ao destino agradecendo a Deus a corrida, meu dia não estava muito bom. Poucos diálogos foram travados entre eu e o casal, tudo dentro de uma formalidade.
Ao chegar em caxias passamos do ponto central da cidade e do ponto de referência dado pelo rapaz, só então me acendeu um alerta de desconfiança do casal. Pergunto se ainda estava muito longe de sua casa e o mesmo responde que era na próxima rua a esquerda, logo após um canteiro de obras paralelo a linha do trem. Ao dobrar a rua e subir uma pequena ladeira, local esmo e pouco iluminado, paro o carro no local apontado pelo rapaz onde o assalto é anunciado. Pistola apontada na cabeça, sua namorada faz a revista para recolher meus pertences. Mantive a calma necessária para que nada de pior viesse acontecer. Fiquei literalmente a pé, só com a roupa do corpo. Ver seu carro sendo levado e saber que o seguro não estava renovado é uma sensação nada agradável. Desci a rua e fiz sinal para um táxi local que passava o qual não parou; em seguida, um táxi do rio passou e parou para mim, fomos até a delegacia mais próxima fazer a ocorrência. Feito isso, um colega vai ao meu encontro para ajuda, andamos por algumas ruas para ver se achávamos o carro, sem sucesso. 
Os marginais atenderam minhas ligações pedindo resgate, algo impossível ás 02 da manhã. No dia seguinte a mesma coisa, como não houve acordo, não mais atenderam ao telefone. 
Começaram os contatos de todos os tipos, amigos, parentes, delegacia e batalhão da PM local. Sabia a área que o carro se localizava através do último sinal e percurso feito com meu celular, mas faço questão de frisar o que senti do sistema de segurança pública do nosso estado: " A polícia está mais pra proteger o governo e a elite do que o povo. Quem protege o povo? Senti isso na pele no roubo do meu táxi. Quem fez o trabalho de investigação foi EU, quem correu atrás foi EU, quem foi ao batalhão de Caxias e andou por favelas tenebrosas da baixada foi EU, conversei com bandidos, traficantes, policiais do bem e milicianos, tudo para conseguir achar o meu carro. Fui com FÉ E CORAGEM, acreditando sempre na justiça de Deus e nas orações de todos que sabiam da minha situação. Sabe o que escutei por duas vezes do oficial de dia do Batalhão?: " Seu carro está em área de risco, só podemos entrar com ordem do comandante, do secretário de segurança ou do governador" uma operação dessas para resgatar um táxi não vale o risco de vida de PMs e civis! Vendem dificuldade pra ganhar facilidade! e olha que tenho amigo Delegado na Civil e parente na PM. Sei que depois de toda minha movimentação Deus agiu de alguma forma e meu carro foi levado para um outro lugar onde foi encontrado! Mesmo assim tive que pagar a tal custódia anti depenação!! ou Kit PM como chamam, é mole ou quer mais!! O que é pior, pagar resgaste a um ex-PM (matador miliciano) que corre atrás do seu prejuízo e cobra pra isso em caso de êxito porque vive disso! ou pagar duplamente com meus impostos mas a propina da guarda e custódia à polícia legalmente constituída? Pois essa é a realidade companheiro não adianta tapar o sol com a peneira! Já presenciei assalto avisei na cabine da polícia me propus a levar o PM no táxi pra pegar o meliante e o mesmo me disse que não poderia sair do posto!"

Após toda essa movimentação, meu carro foi localizado em outra área, mas graças a Deus estava intacto e recebi uma graça de N.S. das Graças, a única imagem que eu tinha no carro que não foi roubada, o resto eles levaram tudo até meu terço pessoal. Isso para mim foi um grande sinal de poder do transcendente e do sobre natural.
Cinco dias parados foram suficientes pra dar um bom prejuízo, vida que segue, chega a JMJ - RIO 2013 e consigo fechar um convênio com uma escola religiosa do Perú para transportar seus alunos e suas freiras, algo que me reparou todos os dias parados. 
A propósito, essa escola é de crianças com deficiência e se prepararam durante 3 meses para apresentarem um musical LINDO! tão maravilhoso que cheguei a chorar quando vi o espetáculo, tive participação ativa na realização do musical, comprei parte do material da apresentação, bolas de gás, e tive que arrumar lugar para encher todas essas bolas com gás hélio, meu carro ficou lotado de bolas coloridas, quase voando com elas. Minha tristeza foi ver apenas 100 pessoas assistindo um espetáculo tão lindo que o COL da JMJ mandou para NILÓPOLIS!! Isso mesmo!! Nilópolis, totalmente fora da cidade do Rio.

Chega a visita do papa, que carinhosamente chamarei-o de Vô Chico! Uma graça de pessoa que encantou a todos. A JMJ foi boa para os comerciantes, mas peregrinos andam mais do que pegam táxi! rsrrss, mas valeu a pena! a energia é maravilhosa.
Pra finalizar, relato agora mais uma coisa que aconteceu na JMJ. Eu estava com um colega tomando um café na Glória, quando um casal de peregrinos se aproximou de nós perguntando se sabíamos como chegar na casa que o Papa estava hospedado. Eu sabia, meu colega não! peguei a corrida rumo a casa do cardeal. Tomo conhecimento que o casal em questão procura o Papa para entregar um documento que colabora com o processo de canonização da beata Elena Guerra que pede ao Papa que consagre o Mundo ao Espírito Santo. Essa santa fez dois milagres na família da senhora que levava, no seu genro e no seu marido que estava comigo, uma história linda!
Essa causa está nesta página: http://www.papafrancisconsagreomundo.com/home e ganhou o apoio de um bispo da Holanda, o qual a senhora em questão estava procurando por ele a anos e só conversam por e-mail. 
Chegamos na residência onde estava hospedado o Papa, mas não conseguiram entrar. A senhora ficou muito triste, vieram de Uberlândia-MG. A senhora me disse que se soubesse onde estavam hospedados os bispos ela iria atrás para achar o bispo da Holanda que apóia essa causa. Seu marido diz a ela: - " Meu bem no meio de tantos hotéis no RJ, como descobrir em qual deles estará o bispo holandês?
Nessas horas é que o poder do sobre natural me assusta, NÓS NÃO PODEMOS CONTRA ELE! 
Pela manhã quando trabalhava passei por um hotel que saiam vários bispos para a missa da catedral, relatei isso ao casal que toparam ir ao hotel pra averiguar se ele poderia estar lá ou obter alguma pista, era pelo menos um início. Ao chegarmos no hotel a grande surpresa!!! O bispo que ela procurava estava lá, tomando um chá no restaurante!!!!  No meio de 33 mil táxis no RJ a senhora pegar o único taxista que saberia levá-la onde queria e precisava, é ou não obra do DIVINO!!!!.............. Quando ele quer, não tem quem não queira! ele dá um jeito, ele mostra o caminho, basta apenas acreditarmos e seguirmos a diante com fé e corajem!

Até a próxima.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Não basta ir pra rua, se...



Não dava pra deixar de escrever essa crônica após ouvir, debater e escutar tantos passageiros.


- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE QUANDO RECEBO UM TROCO A MAIS, NÃO DEVOLVO

- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE QUANDO ESTOU SENTADO NO BANCO DO IDOSO, FINJO ESTAR DORMINDO PRA NÃO CEDER O LUGAR

- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE QUANDO COMETO UMA INFRAÇÃO SUBORNO O GUARDA

- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE COMO GUARDA SAIO PRO TRABALHO PRA ME ARRUMAR

- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE COMO ADVOGADO DOU PROPINA PRO PROCESSO ANDAR

- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE CONTINUO A CONSUMIR OS PRODUTOS DAS EMPRESAS QUE FINANCIAM OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO MANIPULADORES

- NÃO BASTA IR PRA RUA, PEDIR PAZ, ABRAÇAR A LAGOA, ILUMINAR O CRISTO, SE QUANDO ESTOU SÓ MINHA VIDA É UM INFERNO DO VÍCIO

- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE COMO FUNCIONÁRIO PÚBLICO CRIO DIFICULDADES PARA VENDER FACILIDADES

- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE AO CHEGAR EM CASA NÃO ME SINTO AMADO E FELIZ

- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE MINHA FÉ NÃO CORRESPONDE AOS MEUS ATOS

- NÃO BASTA IR PRA RUA, FALAR DE HONESTIDADE E MORAL POLÍTICA, SE QUANDO ESTOU NO PODER SOU O PRIMEIRO A FAZER POLITICAGEM

- NÃO BASTA IR PRA RUA, SE O DINHEIRO FALA MAIS ALTO NO MEU CORAÇÃO QUE O SOFRIMENTO DO MEU SEMELHANTE

- NÃO BASTA IR PRA RUA, QUEBRAR TUDO INDISCRIMINADAMENTE O QUE É DE TODOS, SE O POUCO QUE TEM NA SUA CASA NÃO SABE REPARTIR

- NÃO BASTA IR PRA RUA, ACUSAR TODOS OS CORRUPTOS, INDIGNAR-SE COM A IMPUNIDADE, SE NÃO TEMOS CORAGEM DE COMBATÊ-LOS NO DIA A DIA DE NOSSAS VIDAS E NOS ATOS MAIS COMUNS

- NÃO BASTA IR PRA RUA, CANTAR O HINO E DIZER BASTA! SE ESTAMOS NOS BASTANDO EM TUDO QUE FOI ESCRITO

- SE É PRA MUDAR........MUDE A ESSÊNCIA, MUDE A CAUSA, MUDE VOCÊ....... FEITO ISSO!

AGORA SIM........................... VAMOS TODOS PRA RUA!!!!!!!! CELEBRAR UM NOVO HOMEM UM NOVO PAÍS , UM NOVO BRASIL!!!!

VEM PRA RUA VOCÊ TAMBÉM!


Essa crônica é um apanhado que ouvi com os passageiros que transportei.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A confiança


O dia estava nublado, ruas escorregadias e trânsito intenso. Passava por Botafogo quando avistei uma jovem com muitas malas. Pensei..... Aeroporto! Não deu outra. Parei, coloquei todas as malas e perguntei qual seria o aeroporto.
- Galeão, Sr. por favor! 
- Qual terminal senhorita?
- Terminal 1 Gol.
Engreno a marcha e saio ao destino. De repente! 
- Moço..moço! volta! esqueci o passaporte. Notei que minha passageira estava bastante ansiosa e nervosa. Voltei rápido. Ao parar na porta do seu prédio ela sai igual a um foguete. Fiquei no carro com toda sua bagagem e bolsa. Fiquei pensando na responsabilidade de ficar com tudo no meu carro e a confiança que ela teve em deixar tudo comigo, haja visto que nunca nos vimos na vida. Comecei a estranhar o tempo e a demora para subir ao apartamento somente para pegar um passaporte, já se passavam 10 minutos. Desci do carro  me dirigi ao porteiro relatando o fato e a estranheza da demora. Ficamos de papo por mais alguns minutos e o próprio porteiro começa a achar estranho a demora da moradora. Ele se propõe a subir até o apartamento para averiguar, pois a jovem não atendia sequer ao interfone.
Sobrou pra mim mais uma responsabilidade confiada pelo porteiro, tomar conta da portaria. O cara sobe, o carteiro chega, o medidor da luz, o entregador da farmácia, moradores e eu no meio da confusão congestionando a recepção sem saber os botões que precisavam ser apertados. - " Esperem aí que o porteiro já volta! dizia eu." A situação ficava cada vez mais apertada e estranha. O porteiro volta sem ter conseguido ser atendido também na porta. A moradora não respondia ou não estaria lá. Voltei pro meu carro e fiquei aguardando, ela teria que aparecer ou o caso seria de polícia.
Transportei esse episódio pro cotidiano de nossas vidas e fiquei pensando muito no sentido da confiança que depositamos em uma pessoa. Nos dias de hoje, aparentemente não se confia mais em ninguém, ou pelo menos em poucos. Mas há situações na vida que só a confiança é capaz de resolver uma questão, seja ela qual for; nos negócios, no trabalho, nos amigos, nas relações e nos sentimentos. Passamos por situações que precisamos nos jogar como essa criança na foto que se lança ao pai. Qual seria a decepção dessa criança se o pai não a esperasse quando ela se lançasse? Na cabeça dela não pairou nenhuma dúvida que seu pai à abraçaria. A pior coisa que pode haver numa relação de confiança é a dúvida. Quando confiamos em alguém não podemos deixar dúvida sobre isso. O contrário é a pior das decepções, pois quem se lança tem a esperança de encontrar à quem confiou, quebrar essa esperança é um ato de muita crueldade. 
Assim foi com essa passageira, que precisou e se lançou, confiou e teve a esperança de me encontrar quando ela voltasse. Quão seria sua decepção se ao voltar eu não mais estivesse! Assim são nossas vidas e nossas relações, um confiar e um se lançar constante, sabendo sempre que a possibilidade do engano e da decepção podem fazer parte do nosso cenário.
Após toda essa reflexão, não poderia deixar de fechar minha história relatando aos leitores o paradeiro da minha passageira. Não foi preciso chamar nem bombeiro nem polícia, sua demora se deu devido a uma grande crise intestinal; mas ela não perdeu o voo porque o piloto é bom....rs

Até a próxima.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Após a páscoa



Feliz Natal! tudo de bom! muita paz saúde e alegria!
Feliz Ano Novo! Muita saúde, paz e realizações no ano que se inicia!
Feliz aniversário tudo de bom pra você, saúde, paz, harmonia, felicidades e muito dinheiro!
Feliz Páscoa! que Deus te dê muitas bênçãos e alivie suas dores!

Não é mais ou menos assim, nossos cumprimentos e desejos nessas datas festivas?
Confesso a vocês que de todas elas, a que mais me toca e me faz refletir sobre o sentido de nossas vidas é a páscoa. Essa festa é o retrato fiel do dia a dia da vida de cada um de nós. Através dela podemos viajar no nosso mundo e compreender melhor as etapas das alegrias, das frustrações, dos sonhos, das tristezas, das derrotas e vitórias das nossas vidas.
A páscoa nos convida a uma mudança. Se ela é passagem, ninguém passa por nada se não tivermos em movimento, se não tivermos em estado de vida. A questão aí é; como vamos passar? Nosso mestre nos ensina que a primeira atitude que temos que ter é CORAGEM! Ninguém assume o papel que ele assumiu em atitude covarde. 
Segundo ponto; AMOR. Só faz páscoa quem ama e se entrega totalmente pelo amor que sente, se não temos uma causa de amor dificilmente teremos páscoa. 
Terceiro ponto; FÉ. A certeza que temos e a determinação que colocamos em nossas vidas, a qual, durante o percurso do nosso calvário; apesar das chicotadas, apesar dos pregos, apesar dos empurrões, apesar da coroa de espinhos, apesar do achincalhamento do povo e de todos que estão nos observando, seguimos firmes em nossos propósitos e sentimentos, acreditando sempre no resultado final; .... a ressurreição!
Deus definitivamente não precisa de nós! Ele basta em si mesmo! Se acreditamos que Jesus é o rosto de Deus (filho do homem) e ele, ao assumir a natureza humana cumpriu exatamente TUDO! que estava no mais íntimo do seu ser; o que temos a temer para fazer o mesmo em nós? A cruz nos é oferecida a cada dia e cabe a nós, determinarmos se queremos ou não carregá-la. Precisamos para isso termos certeza  que a cruz que estamos carregando é a cruz que nos levará para a páscoa; caso contrário, troquemos de cruz! para que na cruz certa, encontremos o Cirineu para ajudar a carregá-la. 
Quarto e último ponto; ESPERANÇA. Todo nosso condicionamento, toda nossa crença está calcado nela. Sem ela ficaremos eternamente no túmulo. Precisamos acreditar que algo novo é possível de acontecer e se realizar; a transformação é o resultado final de todo nosso processo do calvário. Os prazeres e martírios que realizamos em nosso corpo são transformados e eternizados em glória num corpo glorioso e vitorioso! É o grande mistério para nós! É a certeza da morte que nos dá vida! Vida plena, abundante e eterna! A certeza de não passar a páscoa, mas sermos páscoa enquanto passamos! 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Eu bebo sim!



A noite de trabalho estava muito boa! Fui engrenando de passageiro em passageiro, quando dei conta, já era!, virei a noite trabalhando, já eram 06 horas da manhã e eu tinha um passageiro marcado para às 09 horas. Eram dois turistas Sul Africanos que iriam fazer um city tour no Rio de Janeiro comigo. Pensei, - "Se eu for para casa dormir não vou conseguir acordar e certamente vou perder o serviço e ficar mal com o cliente, o que fiz? Fui direto para bem próximo do hotel em Copacabana e lá relaxei por algumas horas no carro.
Pontualidade mais que britânica, lá estavam meus dois passageiros na porta, um deles já havia feito um serviço comigo, acabou esquecendo seu celular no meu carro na época e consegui devolver para ele antes que embarcasse de volta para África do Sul, ganhei o cliente com isso e ele voltou.
Desta vez não veio a trabalho no Rio e trouxe a tira colo o seu chefe. Trabalham com importação de mármores e vendem no Brasil.
Passeamos pelas praias e depois fomos ao Pão de Açúcar, lá ficaram umas 3 horas e ao voltar quiseram conhecer uma favela e tomar cerveja.
O curioso disso tudo é que lá na África do Sul existe a segregação e como eles eram brancos nunca tinham entrado em uma favela.
Fui parar na favela do Jacarezinho, passei na casa de um amigo que morou lá por muitos anos e conhece todo mundo. Apesar de já estar pacificada sempre é bom ir com alguém conhecido. 
Quando lá chegamos, os caras ficaram abismados com o que viram, andamos pelas vielas da favela, policiais por toda a parte e muitos buracos de balas nas casas, lembranças da era do tráfico. 
Chegamos no bar chamado Rei do Gado e lá paramos para tomarem cerveja. Como estava a serviço me contive, mas meus amigos que foram, caíram na manguaça e os gringos adoraram a nossa cerveja. 
O dono do bar colocou um som porreta, com samba e pagode e mandou chamar duas passistas da escola de samba do Jacarezinho. Pronto o bloco tá formado! Os caras sambaram muito, adoraram! e beberam quase três caixas de cerveja LITRÃO! Imagina! festa no bar com gringo bancando, nossa mesa ficou vazia né?rs  Ficamos no morro até  20:00 da noite e meus olhos já pareciam que estavam cheio de terra de tanto sono! 
O mais engraçado foi a volta para o hotel, meus amigos e os gringos conversando totalmente bêbados, eles em inglês e meus amigos em português ( não falam inglês) eu dava muita risada, era muito cômico! Cheguei a conclusão que os bêbados se entendem perfeitamente independente do idioma! rsrsrskkkkk
Após deixar todos em seus destinos fiquei relaxado pelo dever cumprido e o sono estava me derrubando, não estava em condições alguma de guiar mais o carro e a prudência fala mais alto nessas horas. Escolhi um lugar seguro parei o carro e só acordei no dia seguinte. E vidinha dura essa nossa! Até a próxima.



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O presente abandonado



Pra começar muito bem o ano compartilho com vocês amigos e leitores.

06:00 da manhã. Despertador me acorda. Levanto para mais uma jornada de trabalho.
Estava com uma corrida marcada às 07:00 no bairro de Laranjeiras.
Desço até meu carro, e faço toda rotina diária. Ligo o carro, espero esquentar, ligo o rádio na estação de notícias, me conecto na internet, vejo e-mails e mensagens para iniciar o dia.
A primeira mensagem que recebo é exatamente da passageira marcada cancelando o serviço. Putz...comecei mal, pensei. Tudo bem, vamos lá! Quem é do rolé sabe trabalhar. Lá fui eu.
Dia chuvoso no rio, cidade voltando a normalidade gradativamente. Fui até a rodoviária onde a probabilidade de pegar passageiro logo cedo é bem grande. Logo ele veio, um homem com cara de desesperado.
- " Amigo! preciso chegar no aeroporto em 20 minutos, será que dá?"
-  Vou fazer o possível companheiro, com essa chuva o transito está ruim.
Partimos e fomos conversando sobre a passagem de ano etc. Percebi que o rapaz estava bastante ansioso com medo de perder seu voo.
- Fica tranquilo irmão, acho que vamos chegar no horário, ( realmente estava bem apertado) confesso que o risco dele perder o voo era grande, falei isso pra confortá-lo. Fiz o que pude como profissional para ajudar o cara, mas precisava de prudência pois a pista estava escorregadia com a chuva.
O rapaz me disse que sempre passou pelo Rio em escalas de voo e nunca visitou a cidade a passeio. Não perdi a oportunidade de convidá-lo a fazer um City Tour na cidade assim que puder e sua aceitação foi positiva.
Bem próximos ao aeroporto, o rapaz me revelou que veio de um voo internacional com escala no Rio onde pegaria outro voo para outra cidade, a qual não me lembro se era São Paulo ou Curitiba. Ele passou pelo free shop e comprou whisky e champagne. Ao chegar na companhia de voo, foi informado que não poderia embarcar com caixa de bebidas. Ele tomou um táxi e foi até a rodoviária para tentar despachar as bebidas por uma transportadora. Ao chegar no local, a empresa de transportes não estava aberta e ele tentou enviar direto por um motorista da linha 1001. O motorista disse que não podia fazer isso, então ele tentou procurar uma agência do correio dentro da rodoviária e não achou. Quando viu a hora ficou desesperado com a perda do voo e tomado por um momento de panico ele simplesmente ABANDONOU em frente ao guichê  da transportadora que estava fechada as duas caixas de bebidas que havia comprado, ele abriu uma caixa , pegou 3 garrafas levou na mão e veio embora.
Já estávamos na porta do aeroporto e eu disse: - Cara uma caixa de whisky aberta na rodoviária a essa hora, já não deve ter mais nada, que doideira ! Ele me disse: - Quem achar que faça bom proveito! me pagou, me deu uma garrafa de presente e saiu correndo para não perder o voo. 
Quando sai com o carro, algo me disse, volta lá na rodoviária que esse presente é seu! Pensei...pensei...pensei...será que estaria lá do jeito que ele deixou?............ E não é que estava! 

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Quem sou eu

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- Cientista Político - Graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO - Colaborador do ECOPOL - Núcleo de estudos econômicos e políticas públicas, nas relações entre Capital e Estado (Nelutas - UNIRIO)

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