PENSAMENTOS

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Em plena Copa

Estava trafegando na Av. Nossa Senhora de Copacabana pela esquerda. Noto um grupo de quatro senhoras com malas na calçada. Outro táxi estava a minha frente e parou para as senhoras antes mesmo delas darem sinal. Parei atrás, dei seta para sair. Escuto uma delas ir até o motorista e diz a ele: " Desculpe senhor, mas precisamos de um táxi grande porque irão outras pessoas" Imediatamente fazem sinal pra mim. O motorista da frente olha por fora para trás e identifico que o mesmo era um colega de trabalho "Negro". Seu carro era pequeno e o meu é grande. Embarco duas das quatros senhoras rumo ao Galeão; pergunto onde iremos pegar as outras pessoas que se referiram ao carro da frente. Me respondem que estavam atrasadas e não iriam pegar ninguém. Pre senti em toda essa cena, duas mentiras; pro colega e pra eu. Esse é o ser humano, fugindo das suas mazelas e dos seus pre conceitos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Sou pirata, e daí ?




Essa é a pergunta que não quer se calar. Em nome da livre concorrência e do direito de escolha do cidadão, uma liminar na justiça continua dando o direito de carros particulares realizarem serviço de transporte remunerado na cidade do Rio.
Esse início de ano foi o ano da pirataria; a começar com falsos IPVAs que chegaram nas casas das pessoas e também contas de luz fraudadas por um esquema dentro da Light, "que é privatizada, diga-se de passagem"! Tenho uma cliente que passou por isso e foi vítima desse golpe, recebeu duas contas com o mesmo valor e mesma data, pagou a falsa.
Falar de pirataria no Brasil é complicado. Quem nunca comprou um CD pirata? Quem nunca comprou um tênis, uma bolsa, uma blusa ou se quer baixou um filme ou livro direto da internet sem pagar os direitos do autor? Parece ser uma prática comum do brasileiro que pouco se importa com ética e moral nesses casos, o que importa é o bolso. No caso do transporte, o caso é bem mais sério, porque está em jogo a quebra de um sistema público para impor um sistema privado. Quem viver verá e arcará com as consequências.
Recentemente o dono de uma franquia de lava jato fez uma crítica a categoria, alegando que seus franquiados raramente lavam táxis nas suas lojas; nós temos o hábito de lavar nossos carros no "Zé da esquina" dentro de uma comunidade, disse ele, o que não deixa de ser verdade.
Mas o que venho ressaltar hoje, é o absurdo e os abusos que vi nessa carnaval 2016. Foram muitos carros piratas fazendo transporte ilegal, com ou sem aplicativo. Até os moto táxis das comunidades, acostumados a ficarem em suas bases no pé do morro, desceram e se concentraram nos locais dos blocos e festas da cidade oferecendo seus serviços.
E assim vamos vivendo nossa selva de pedra, cada um no seu quadrado, cada um com seus custos. Até o pizza que recebemos em casa quando compramos através de um folheto entregue na caixa de correio, pode ou não ser de boa procedência e nem assim morremos! no máximo uma infecção intestinal.
A classe sofre hoje sua falta de planejamento e organização de anos atrás e somente uma virada radical poderá mudar esse quadro. Em quanto isso, espero para o ano que vem o transporte remunerado em bicicleta e triciclo. E em nome do direito do consumidor em poder ouvir rádios e TVs diferentes, acho que colocarei no ar uma rádio pirata e uma TV pirata, tudo pela democratização da informação e da mídia. Tá bom pra vocês? Até a próxima.

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Quem sou eu

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- Cientista Político - Graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO - Colaborador do ECOPOL - Núcleo de estudos econômicos e políticas públicas, nas relações entre Capital e Estado (Nelutas - UNIRIO)

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