PENSAMENTOS

sábado, 14 de novembro de 2015

Procura-se uma liderança



Em tempos de "Os dez mandamentos", parece que a classe dos taxistas do Rio de Janeiro perderam o rumo e não conseguiram atravessar o Mar Vermelho. A foto da publicação simboliza bem a situação dos náufragos que abandonaram seus lemes para tentar carreira solo em grupos de WhatsApp, Associações, Conselhos etc.

Foram tantas reuniões e encontros para realizar um protesto contra a pirataria no dia 11/11/15 que a consumação do protesto deixa uma coisa muito clara, a categoria NÃO ESTÁ unida. O que existe entre eles é AGITAÇÃO! A divisão é notória. Num universo de 33 mil táxis na cidade do Rio e aproximadamente 50 mil taxistas, um protesto com no máximo 500 carros representa 1,5% da categoria, ou seja, NADA! 

O problema da praça nacional é acrônico. Precisamos entender que há uma diferença entre táxis piratas e transporte ilegal. Até nisso erram no foco. Promovem um protesto contra pirataria onde na verdade é transporte ilegal. Pirata é o veículo caracterizado de táxi que não é táxi oficial da cidade. Clandestino é o táxi de outro município que garimpa serviços fora do seu domicilio. Ilegal é quaisquer tipo de transporte remunerado de passageiro não previsto em lei, que é o caso da Uber. O caso Uber é caso de POLÍCIA, isso compete ao Estado e não ao Município. Já pararam pra se perguntar porque o Estado não entrou nessa guerra? Será que há interesse de comprar essa briga, ou tudo não passa de um jogo de cena?

Curiosamente no dia seguinte ao protesto ocorreu uma reunião no DETRO, órgão de fiscalização dos transportes estaduais, que é administrado pelo Sr. Carlos Osório, o mesmo que administrou a SMTR municipal. Osório ganhou as eleições para deputado estadual e nunca assumiu o cargo, sendo rapidamente levado as pastas executivas onde implantou um SEVERO sistema de fiscalização dos transportes. Midiático, aparecia constantemente em rádios e tvs. Seu estilo arrojado agrada alguns, mas com certeza não agrada aos taxistas. Rebocar carros por arranhões, lampadas queimadas, teto sujo e outros pormenores só mostram uma total inclinação ao sistema voraz da arrecadação e implantação do terror psicológico.  Está claro, que Osório está na linha de sucessão a cargos maiores dentro do PMDB. O problema do PMDB é sua máxima da divisão interna. Nessa divisão há dois grupos "disputando" a força do voto dos taxistas cariocas, o grupo do Picciani, Jorge Felipe com seu neto Felipe e Osório. Não é preciso nenhuma bola de cristal pra perceber que a categoria está sendo usada politicamente. Faz-se uma feira do táxi no Rio Centro com fórum de discussão onde na mesa não estão sentados os presidentes dos Sindicatos. O que dizer disso? Rir ou Chorar?

O protesto do dia 11 mostrou uma ferida do presidente da AAMOTAB André Oliveira, apadrinhado por Osório quando secretário do município. O Globo o relatou como líder polêmico com passagem pela polícia e fixa suja na época da eleição. A reportagem coloca em xeque sua suposta liderança, até mesmo por não ter permissão de táxi, e não poder ter cartão de auxiliar. O mesmo tentou se defender nas mídias sociais e nas redes atacando as organizações globo. Organizações aliás, que lhe deram espaço no programa do Canázio na Rádio Globo, logo após sua passagem pela Abrataxi. Alegar que está sendo vítima da estratégia de guerra dividir para imperar é provar um pouco do próprio veneno. O que os taxistas pediram e não tiveram respostas até o momento é que não o veem rodando num táxi, nunca viram seu cartão de auxiliar e como pode existir homônimos com o mesmo nome de mãe nas fichas criminais? De alguma forma os liderados seguem e praticam atos incentivados pelo seu líder. O mesmo chamou de covardes os colegas que não aderiram ao protesto. Em outros tempos, colocou vários taxistas na porta do MP para intimidar o presidente da Abrataxi Ivan Fernandes, nas ações a favor da licitação, foi acionado na justiça e perdeu a causa. Nesse protesto, alguns taxistas atiraram ovos nos vidros dos táxis que passavam com passageiro, atitudes repreendidas por toda população. 

No bojo dessa confusão, o jornal O Globo ainda publica uma foto com o atual presidente da cooperativa da rodoviária, ao lado de André. Logo da rodoviária!! que não carrega uma boa fama histórica de bons taxistas, a qual o atual presidente vinha tentando e até conseguindo realizar um bom trabalho. Entrou de bucha!

Lideres não se auto intitulam. Líderes são seguidos pela massa. Líderes são articuladores e não agitadores, Líderes atraem e não repelem. Líderes são pacifistas. Líderes agregam. Líderes são queridos e amados. Líderes sofrem juntos. Líderes o são de fato e de direito e se elegem com propostas, projetos, exemplos de vida e com o apoio da maioria. SEMPRE!



sábado, 25 de julho de 2015

Somos todos taxistas? Até quando? Anacronismo de uma classe a deriva




 Apos o protesto dos táxis do Rio de Janeiro na data de ontem, vale a pena recordar uma pequena cronologia.
O sistema de táxi na cidade do Rio data do séc XIX. Os primeiros a prestarem o serviço na cidade foram os portugueses e espanhóis. Houve época que ninguém queria dirigir táxi, era vexatório. Muitos ex-presidiários assumiram a função, podendo ser daí a origem de algumas descriminações que os taxistas sofreram no passado e refletem até hoje de alguma forma direta ou indireta.

 Para entendermos melhor o foco desse protesto, será necessário mexermos em algumas feridas.
Em época não muito recente, travou-se um debate se o serviço de táxi era público ou privado?
Várias foram as opiniões divergentes. Mas, se o protesto de hoje foi contra uma empresa privada que está irregular invadindo o serviço do táxi, está claríssimo que o serviço de táxi é PÚBLICO.
Em sendo público cabe uma reflexão: Se somos todos taxistas, porque existem exclusividade e comércio em pontos? Se somos todos taxistas porque só alguns privilegiados podem parar nos aeroportos e rodoviárias? Se somos todos taxistas, porque da existência hoje de várias entidades disputando a representação da categoria? Se somos todos taxistas, porque cooperativas fizeram por tanto tempo reservas de mercado e comércio de títulos caríssimos dificultando a entrada de novos colegas gerando insatisfação do cliente por falta de atendimento e "queima de corridas"? Se somos todos taxistas, porque pagar propina para atendermos eventos noturnos com exclusividade de alguns?
Se somos todos taxistas, porque permitimos a continuidade da exploração da diária do auxiliar que sai de casa devendo R$200,00 e salvo exceções, estão mais propensos a não prestar um bom serviço ao usuário devido a pressão da diária? Se somos todos taxistas, porque o comércio paralelo de permissões? Se somos todos taxistas porque não pensar num projeto único nacional? Se somos todos taxistas, porque resistir a uma melhor qualificação de ingresso na profissão e manter treinamento contínuo? 
Essas e outras perguntas são respondidas pelo fenômeno "aplicativo de celular".
São eles os responsáveis pela revolução que deve acontecer com a categoria e na categoria. Ou a categoria se conscientiza que é preciso se profissionalizar ou os profissionalizados tomam o mercado da categoria por um único motivo. Eles tem grana! simples assim. E onde tem dinheiro envolvido lá está o poder público de olho e os políticos de plantão. Um quer arrecadação, outro quer o seu voto para arrecadar depois.
Falar do poder público nesse caso é muito fácil. Ele pode regular, conceder, fiscalizar e cassar a qualquer momento; mas também pode causar o caos e usar da máquina administrativa para manipular toda uma categoria. Algo semelhante não fora feito no Rio? Alguma vez na história da praça carioca viu-se tanta fiscalização nas ruas? Quem implantou código disciplinar? Quem apoiou e bateu palma? Qual foi a emissora de TV e rádio que deu palanque para tal feito? Foi assim na secretaria de transportes municipal e não diferente no DETRO. Alguns que tem essa consciência, cometeram o descalabro de jogar água e expulsar uma repórter do evento, ato totalmente desaprovado! Não é por aí o caminho. Há necessidade de se manter o respeito pelo profissional repórter.
Está sendo boa a experiência de governo e município governados pelo mesmo partido? Existem aspectos positivos com a parceria com o governo federal que não é do mesmo partido, mas há aspectos negativos nisso também. E muitos! entre eles a hegemonia de poder absoluto que gera o totalitarismo.
Percebam que toda operação é de cunho arrecadatório. Multar, multar e multar isso é o que importa.
O custo das Olimpíadas está altíssimo e a entrada de empresas e serviços estrangeiros é inevitável, por isso o Uber aí está e será difícil tirá-lo. O projeto tem capital da Google que tem interesse no futuro de  implantar o carro sem motorista totalmente automatizado que já está em teste em Palo Alto na Califórnia.
Estamos portanto, diante de um fato anacrônico. De um lado, passageiros que apoiam nossa causa; de outro, àqueles que reclamam dos serviços e querem ter o direito de escolha. Muito desses passageiros reclamam de certas posturas do taxista que escolhem corridas, não querem subir Sta.Tereza, perguntam pra onde é, dão tiro ( preço fora do relógio), som alto no carro, não gostam de ligar o ar, cheiro de cigarro etc. Precisamos entender que há público para todo tipo de serviço e todo tipo de serviço diferenciado deve ter seu preço diferenciado. Não estaria na hora de classificar os táxis e darem o direito de escolha a ambos? Não é justo também ao taxista que presta serviço a população circulando com seu carro nas ruas esburacadas do Rio elevando seu custo de manutenção com componentes da suspensão, o alto preço do gnv e da gasolina, competir com alguém que fica parado esperando ser chamado!. Diriam alguns. Eles tem isenção de IPVA! Sim, tem, mas já viram quanto se paga num táxi ex combatente, só porque foi amarelo? O preço é lá em baixo! Quanto ao particular que fará o mesmo serviço e não tem o referido desconto, terá o preço do seu veículo no valor de mercado. Muitos prefeririam comprar um velho táxi rodado e bem conservado, seria mais honesto. 
Nesse caso o poder público pode intervir e até pensar numa padronização dos táxis como foi feito em Nova York e na Inglaterra. 
Fatos curiosos, positivos e negativos marcaram o protesto de 24/07/15 o que, o diferenciou muito do protesto do movimento Diárias Nunca Mais em 2000. Em 2015 pouco se viu no protesto, os táxis especiais legalizados da cidade do Rio, algo no mínimo estranho deixar a sobrecarga do protesto à cabo dos táxis comuns, uma vez que o serviço Uber iniciou-se nos carros de luxo.
 Táxis de outras cidades vieram em apoio, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte foram umas delas. A presença do presidente do Sindicato dos Taxistas autônomos foi tão marcante pelo desserviço histórico prestado para a categoria que foi recebido a vaias. Outro que foi vaiado foi o responsável por um jornal e uma associação de assistência ao taxista, que tentou se eleger deputado e teve problemas no registro do TRE. O carro de som estava lotado de personalidades, lideranças de vários setores da praça e seus respectivos representantes. Digno da verdadeira democracia! Todos puderam falar! A ordem do dia era UNIÃO DE TODOS! A pauta de revindicações era extensa. Os secretários de transporte do município e do estado estiveram presentes, um deles na sua gestão municipal,  alterou a cor dos táxis especiais para preto! cor preferida dos carros Uber.
 O problema não é só a Uber. Ela é um dos problemas. Os taxistas querem saber das AUTONOMIAS! Cadê minha permissão ou autorização? Se tem serviço pra usuário da Uber, se tem frota de carros alugados para atender a prefeitura, se empresas privadas estão usando carros executivos para atender sua necessidade, sinal que há demanda! 
Há...mas falar em dar autonomia para o taxista é muito delicado. Depois que a prefeitura permitiu colocar dois auxiliares de táxi em cada permissão pagando diária para o permissionário!!!! o assunto é extremamente delicado. O fenômeno é nacional. Em toda cidade do Brasil tem um auxiliar pagando diária pra alguém. A velha prática do homem explorando o homem está aí muito bem representada. Como parar isso? Como coibir uma prática decenária? Como não permitir que concessões de táxi não sejam moeda de troca política nos pleitos municipais? Como coibir a venda dessas permissões? 
É algo tão difícil quanto barrar a Uber. Em 2000 a figura do taxista auxiliar foi extinta pelo recém falecido prefeito Conde que apoiou o movimento Diárias Nunca Mais liderado por Ivan Fernandes e João Batista com apoio do vereador Pedro Porfírio. A lei 3123 foi perfeita. Os pouquíssimos auxiliares que não se enquadraram nela, ao completarem dez anos de praça ganhariam sua permissão. 
Mas... os interesses e práticas políticas já citados, não permitiram sua continuidade. A velha prática voltou com a posse de César Maia. A grande diferença dos protestos de  2000 pra 2015 é que em 2000 havia uma só cor de camisa, uma só liderança e um só objetivo; a liberdade e a conquista da permissão. Hoje assistimos um protesto com várias camisas, várias lideranças e várias revindicações, a principal delas, a pirataria da Uber e a manutenção do mercado. Vale lembrar que num movimento com vários caciques, vai faltar oca pra índio e índio sem oca aceita qualquer lugar pra ficar. 

Hoje o estado do Rio de Janeiro conta com um sindicato dos motoristas de empresas e auxiliares de táxi que esteve presente no evento. É um sindicato que surge para tentar ajudar a configurar várias distorções de relacionamentos entre permissionários e seus auxiliares. É de extrema importância que os auxiliares fortaleçam esse novo sindicato que trás uma proposta nova, totalmente diferente do velho sindicato dos autônomos.

 Outro fato relevante a ser lembrado são as ações na justiça impetrada pela Abrataxi. A estratégia jurídica adotada pela associação trouxe algumas vantagens do tipo: As permissões que eram intransferíveis da lei 3123 passaram a ser transferidas, depois que foram travadas as transferências de permissões antigas e de viúvas. A proibição da inclusão de novos auxiliares com a não possibilidade do permissionário rodar enxugou a praça e o faturamento dos taxistas aumentaram na época. Essas ações incomodaram muita gente! Há um flerte de amor e ódio por parte de muitas pessoas com relação a Abrataxi, principalmente que sua ação de maior importância foi o pedido da licitação das permissões de táxi. Ação julgada em mérito favorável e suspensa pela presidene do tribunal por acordo político. Tais feitos acarretaram o fechamento da smtr por mais de um ano, o que desagradou muito aos grupos que vivem da velha prática, que pediam união de todos no evento mas, curiosamente a única que não era lembrada nem convidada a participar dessa união é a dita associação. Muitos deles que lutaram contra ela se fizeram presentes no evento do dia 24/07 na luta contra a pirataria.

  Falando em piratas, cabe uma reflexão pois a lista é extensa. Tem cd pirata, uísque pirata, bolsa, celular, camisa, tênis e milhões de outros itens. A pergunta é: Existe o consumo? existe a demanda? O estado tem tentáculos suficientes para manter fiscalizações permanentes?  Os mesmos que defendem o Uber e criticam os táxis também consomem pirataria no camelô da esquina. Aliás ... acabaram os camelôs no Brasil?  É necessário uma parceria e integração da categoria com o poder público concedente uma vez que já somos uma profissão regulamentada por lei federal. Se essa parceria não se formatar logo, melhor será retirar do poder público sua gestão e deixar a própria categoria se auto regulamentar. Caso isso não ocorra o sistema pode entrar em colapso, sair do controle e protestos mais violentos poderão ocorrer, o que não é bom pra ninguém.

Uma coisa é certa. Com Uber ou sem ela, com aplicativo ou sem ele, a tecnologia chegou e nos forçou a mudanças de paradigmas e quebras de tabus. Todos estão convidados a saírem da sua zona de conforto e olharem a diante. Esquecerem as rinchas do passado e se organizarem para uma nova forma de convivência harmoniosa. Ou fazem isso ou serão engolidos pelo sistema. O capital é o que move o mundo, mas ele não sobrevive em si mesmo. O maior fracasso está no comodismo e a pior derrota é fugir da batalha.
 Não há nada que substitua uma boa educação, bons princípios, cordialidade e um belo sorriso. Afinal de contas, antes de sermos todos taxistas ou sermos todos passageiros, cada qual com seus direitos e deveres, penso que devamos ser..... Somos todos irmãos. 
Até a próxima.








quinta-feira, 16 de julho de 2015

Quanto vale um enterro?




Após a privatização dos cemitérios do Rio de Janeiro, uma coisa é certa. Ninguém consegue ser enterrado por menos de 3mil reais. Foi o que disse um agente funeral que transportei esses dias.
Não disse pra mim não. Disse para algum cliente que estava falando ao telefone. E disse muito mais!

Tratava-se de alguém que cometera suicídio em casa. Só que esse alguém tinha um seguro de vida e segundo o corretor funeral as seguradoras não pagam o prêmio em casos de suicídios. Imediatamente o homem liga para um médico do seu esquema de trabalho e avisa que tem um novo negócio e passaria por whatsapp o endereço que deveria ir para dar um laudo médico favorável a receber o seguro. Tudo acordado, o agente já liga pra um advogado preparar um contrato padrão que já iria passar em seguida para apanhá-lo e seguir para residência do óbito. Com todas as arestas acertadas, retorna a ligação para seu cliente avisando que estava tudo ceto. O preço do serviço seria 30% do valor do prêmio do seguro do falecido mais os custos funerais que seriam tratados pessoalmente.
Ambas as partes felizes e até o defunto creio eu, meu passageiro desceu do carro feliz da vida.
Diante de um fato desses o que dizer dos bastidores da política? Até a próxima.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Eternize-se nas Redes Sociais


Ontem transportei uma psicóloga que realiza um trabalho muito interessante.
Ela faz uma espécie de terapia familiar digital. Utiliza-se das redes sociais para ajudar seus pacientes a se encontrarem e se resolverem. Estuda a "time line" dos familiares e com isso consegue dar uma melhor interpretação e propor caminhos alternativos a seus clientes.
Segundo ela, nosso caráter se expressa de alguma forma nas redes. Tudo que publicamos tem alguma ligação de foro íntimo. Nosso temperamento, nossa personalidade, opiniões, sentimentos, trabalho e posturas estão ali para todos verem. Até mesmo aqueles que se utilizam delas somente como zoação, é possível ler as entrelinhas e traçar um perfil social, pessoal, profissional, psíquico e até espiritual de alguém. Evidente que o estudo é somente mais uma ferramenta de apoio em conjunto das técnicas tradicionais. Uma vez que se torna 'amiga" de seus pacientes, o método tem sido satisfatório e caminhos estão se encurtando o que favorece beneficamente o tratamento..
Uma grande vantagem que as redes podem nos trazer é a aproximação parental de um familiar que já se foi. Um neto poder interagir e compreender o pensamento de um avó que não conheceu, um filho que perdeu um pai ou uma mãe quando criança  pode perceber o amor que teve na sua infância, relendo as postagens de seus progenitores, revendo fotos postadas, áudios e vídeos. São lembranças que trazem vida! e podem solucionar vários problemas. Existe possibilidades negativas nisso também, mas, é bem menor que as positivas. Muitas pessoas buscam suas origens, gostam de saber do passado para melhor compreender seu presente e vivenciar um melhor futuro. Olhando esse aspecto positivo das redes sociais, até nos animamos em melhorar a qualidade do que postamos, pela utilidade social, pública e familiar que podemos ter em não precisar estudar nossa árvore genealógica. Porque, nossa história real está sendo escrita agora! num mundo virtual que, num futuro próximo pode estar ajudando àquele que, um dia, gostaria muito de nos ter conhecido no seu mundo real, pois sua cura veio de um mundo virtual numa época que não existia. Postemos portanto, o que somos, pra quem somos e porque somos, afinal de contas o amor não tem limites! e algum dia você poderá ser amado por alguém que jamais conheceu pessoalmente. Até a próxima. 

sábado, 28 de março de 2015

Os protestos acabaram e agora?

Devolva meu Dinheiro!!
Provavelmente, essa seria a foto de capa de algum jornal, caso os boatos afirmados pré 15/03, do confisco da poupança se consolidassem.

Esse foi o tema debatido no carro essa semana. Todos devem lembrar a enxurrada de mensagens e boatos terroristas que circularam nas redes sociais. Foram inúmeros. Destacaria entre eles, o golpe militar que seria dado, a luta entre o MST com o exército, a invasão de iranianos e cubanos guerrilheiros para darem apoio ao governo em fechar o congresso para uma ditadura comunista, os EUA iriam invadir a Venezuela que é uma ameaça a sua soberania econômica etc.
Graças a Deus nada disso aconteceu! .... Mas poderá acontecer! disse-me um passageiro. Pergunto eu. Será?
Custo a acreditar nesta hipótese. A forma moderna de dominação nos dias de hoje é pela via econômica, não pela guerra propriamente dita. Esse é o modelo implantado que vigora há anos.

O que está em questão e deve ser refletido, é a tática usada para se alcançar o objetivo do protesto. Exercer a cidadania através do "medo e o pavor" e criar a expectativa do caos para se chegar ao fim desejado.

Ter pensamentos opostos e divergências de opinião fazem parte da democracia; é bom que seja assim, porém, já deveríamos ter alcançado no mínimo um patamar adulto político suficiente  para deixarmos o chororô e o mimimi. 
Como seres... somos todos iguais é verdade! mas, como indivíduos estamos muito longe ainda de uma sociedade perfeita e  harmonizada. Mesmo com tímidas melhorias, as diferenças ainda são gritantes! Principalmente na educação, cultura, saúde e habitação.


Não há nada de errado nos que ganham mais por seus méritos, trabalho e competência. O erro está na falta de criação de oportunidades e condições para que outros possam ter a mesma condição de melhora e progressão. Dada a oportunidade e criada a condição de melhora para o indivíduo e o mesmo não a aproveitar! Aí sim não há o que fazer, além de lamentar. 


Continuamos com um modelo de estado pesado e vil, que mais se serve do modelo do que serve aos modelados. Uma relação patronal que não partilha lucros, devido aos autos impostos e custos operacionais. 
Por trás disso tudo, existe um modelo de gestão pública e de poder que em nada colabora na mudança desse status quo. Cabendo à eles apenas, uma vigília constante na busca da oportunidade de assumir o poder. Não importa os meios; seja batendo panelas, fazendo protestos e passeatas e até mesmo espalhando terrorismo psicológico no meio do povo! Fazer o que né! Cada um usa as armas que tem.
Até a próxima.

sábado, 31 de janeiro de 2015

De quem é esse jegue ?



Ontem transportei uma médica do Trabalho.  Ela trabalha para uma grande construtora brasileira e viaja o país inteiro exercendo e implantando todas as normas da Medicina do Trabalho.
Tivemos hum papo muito agradável, tipo papo cabeça mesmo.  Uma troca de experiências muito boa, tanto minha quanto dela.  O auge da conversa foi seu depoimento sobra as obras de transposição do Rio São Francisco. Ela relata a enorme complexidade da obra e os detalhes técnicos que a envolvem para não estar pronta até hoje. Detalhes que passam desde a engenharia, estudo de terreno, meio ambiente, saúde, ecologia e principalmente GENTE!  A obra gera muitos empregos na região e os sertanejos não qualificados vivem uma nova realidade jamais pensada. 
Ela me mostrou várias fotos em seu celular. Fotos das obras, dos alojamentos e das pessoas. É de impressionar o que vi. A luta para ter acesso a água começa pelo jegue da foto, a única forma de transporte da água para os moradores do interior. A Cidade em Questão no caso era o Piauí. As fotos das pequenas hortas comunitárias foram as que mais me impressionaram, só pelo fato da luta necessária para colher o alimento. Sem Falar das casas feitas de barro. É muita gente que vive nesse Brasil que não conhecemos. E essa gente está em contagem regressiva para mudar definitivamente essa triste realidade. Quando tudo acabar, o Brasil viverá uma nova realidade econômica ainda não previsível para aquela região. 
Se hoje vivemos na região sudeste uma escassez de chuva e Já fazemos alarde sobre isso, imaginem o que o povo de lá fará quando tiverem mais facilidade para conseguir água !!
Termino esse post com uma frase dita pela própria médica ao sair do carro: "Como médica tenho minhas restrições com as políticas de saúde do governo federal, mas como cidadã brasileira nunca vi nenhum governo se preocupar com tanta gente necessitada, que terão suas vidas transformadas! os jegues vão perder o emprego ! "

Até a próxima  

domingo, 18 de janeiro de 2015

O Fim das instituições está próximo?



  Demorei um pouco pra publicar a primeira postagem de 2015 devido a muitos fatos que ocorreram desde a eleição de 2014. Muitos foram os assuntos conversados no meu carro. Fiz um apanhado de tudo que ouvi e juntei com minhas experiências profissionais. Tudo me remeteu a pensar sobre o tema do post.

O que será das futuras instituições? Como serão seus novos líderes? 
 Sim! Temos que pensar sobre isso.
  Diante de tantos escândalos de corrupção em todos os níveis da sociedade, pensemos..., Qual é ou será a identidade das corporações e instituições do séc XXI ?
Analisando o quadro geral, não escapa uma!
 A igreja com escândalos de pedofilia, homossexualismo e corrupção no banco do Vaticano, escândalos também ocorreram no meio evangélico, eu mesmo peguei uma senhora na porta do Fórum que estava com um processo de assédio contra um pastor da Universal. As polícias Militares e Civis também foram manchetes. Super faturamento de obras em todos os níveis de governo público, seja federal, estadual ou municipal, Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais e Congresso, também fizeram parte da roda. Vários setores da iniciativa privada não escapam dos esquemas, principalmente na área de compras, financeiro e comercial. Tribunais ajeitando sentenças  politicamente, Partidos políticos com seus esquemas, órgãos municipais, federais e estaduais com funcionários em pontos chaves preparados para alimentarem algum esquema fraudulento. Guardas municipais ganhando caixinha pra não multar, sindicatos omissos ou vendidos, diretores de escolas e reitores de faculdade também com seus esquemas, hospitais no esquema das próteses, laboratórios nos esquemas dos remédios, convênio medico nos esquemas da bola, presidência dos clubes nos esquemas de jogadores e patrocínios, ONG's de faixada e por aí vai.
 A lista seria extensa de mais, mas meu destaque maior, vai para o ESTADO! Esse sim é o que mais nos tira e o que menos dá.
Sabemos que tudo isso não é regra, há instituições sérias e pessoas sérias no seu comando, mas, onde elas estão? Está cada vez mais difícil encontrá-las. As pessoas que galgam poder, assumem cargos públicos e executivos de alto escalão, não são pessoas de baixo QI, são pessoas formadas, instruídas, educadas que geralmente passaram por excelentes colégios e faculdades de formação. E aí ? O que dizer?  Como fazer parte de uma instituição ou organização sendo honesto sem ter o poder na mão e nada ou pouco contribuir para acabar com esse fragelo?. Pior que isso é quando sabemos que o honesto não chega ao poder, exatamente pelo que ele é!!! O que é um verdadeiro absurdo!
  Há alguns casos e outros que surgem na mídia como forma de satisfazer a opinião pública e logo após caem no esquecimento. Há sempre um boi de piranha à ser jogado no rio, mas esse rio nunca se descontamina, porque será?.
 Por falar em mídia, não podemos esquecer de falar dos meios de comunicação que concentram grande poder ainda, mas que aos poucos perdem força pela grande massa da mídia eletrônica e boas fontes individuais de informação com credibilidade em vários blogs alternativos na net. O que pode vir abalar os interesses e esquemas dessas instituições também.
 Voltando a falar de corrupção e roubalheira, sabemos que sempre houveram, desde a época de Cabral, só que agora, o alto número de divulgação ampla e irrestrita parece levar as pessoas a um descrédito total de melhora, chegando ao nível da desesperança! o que é muito ruim. 
 Sinto que as pessoas boas assistem tudo caladas e qualquer forma de organização do bem é perseguida e aniquilada por aqueles que não querem perder a teta. Pior que esses, só mesmo os omissos, e os bois sonsos, que se fingem de morto pra não entrar em guerra alguma, mas são os primeiros a criticar quando alguém entra e os primeiros a quererem sair na foto quando a guerra acaba com a vitória. 
 As instituições são formadas por pessoas; pessoas são formadas pelo caráter,  este, é irmão da ética e primo da moral. Se as instituições vão mal, "nem todas", as pessoas que às formam também vão!
 Esse é o questionamento e a reflexão que compartilho com todos vocês, na esperança de que em todos e em tudo há sim condições de mudar e melhorar, basta fazer por onde, acreditar e não temer.
Abraços e até a próxima.

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- Cientista Político - Graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO - Colaborador do ECOPOL - Núcleo de estudos econômicos e políticas públicas, nas relações entre Capital e Estado (Nelutas - UNIRIO)

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